Artigo Sobre os Florais de Bach escrito por Dr. Bach

Em homenagem ao Dr. Edward Bach, pioneiro nas divulgação das Essências Florais para a cultura Ocidental, divido com vocês essa breve fábula escrita por ele sobre as qualidades  de cada Floral. (Para saber ainda mais, inscreva-se no nosso Curso Online de Florais).

“Era uma vez – é sempre era uma vez – dezesseis viajantes que saíram para uma excursão através de uma floresta. A princípio, todos iam bem; porém, depois de ter caminhado durante algum tempo, um dos integrantes do grupo, de nome Agrimony, começou a se preocupar quanto a estarem eles no caminho certo ou não.

Depois, já de tarde, tendo mergulhado ainda mais na escuridão, Mimulus começou a ter medo, medo de que tivessem perdido a trilha.

Quando o sol se pôs e as sombras aumentaram, e os ruídos noturnos da floresta começaram a fazer-se ouvir, Rock Rose ficou apavorado e em estado de pânico.

No meio da noite, quando tudo eram trevas, Gorse perdeu toda esperança e disse: “Não seguirei além daqui; continuem vocês; ficarei aqui do modo como estou, até que a morte alivie os meus sofrimentos.

Oak, por outro lado, embora sentindo que todos estavam perdidos e que nunca veriam novamente a luz do sol, disse “Continuarei lutando até o fim” e o fez de modo corajoso.

Scleranthus tinha alguma esperança, mas, às vezes, sofria de incerteza e de indecisão, esperando primeiro seguir uma trilha e, quase ao mesmo tempo outra.

Clematis continuava a caminhar com dificuldade, quieta e pacientemente, mas – Oh! – bem pouco preocupado no que diz respeito a dar ou não ali o último suspiro ou a sair da floresta.

Gentian algumas vezes animava bastante o grupo, porém outras vezes caía em estado de desânimo e depressão.

Outros excursionistas nunca tinham medo, a não ser de que seus companheiros desistissem da excursão e, a seu modo, queriam muito ajudá-los.

Heather tinha muita certeza de conhecer o caminho, e queria que todos os companheiros o seguissem.

Chicory não se preocupava com o fim da excursão, porém demonstrava muita preocupação no que diz respeito a estarem ou não seus companheiros com dor nos pés, cansados ou com suprimentos suficientes para se alimentar.

Cerato não tinha muita confiança em suas opiniões, e queria tentar todos os caminhos para se certificar de que o grupo não estava errado, e o pequeno e dócil Centaury queria tanto tornar mais leve o fardo dos outros que estava pronto para carregar os petrechos de todos.

Infelizmente, para o pequeno Centaury, ele carregava o fardo dos mais aptos a fazê-lo, poi

s eles eram considerados os mais fortes.

Rock Water, todo ansioso para ajudar, desapontava um pouco o grupo porque criticava o que eles estavam fazendo de errado e, no entanto, Rock Water sabia o caminho.

Vervain também devia conhecer suficientemente o caminho, mas, embora estivesse um pouco confuso, fazia um discurso detalhado sobre qual seria a única trilha que os levaria para fora da floresta.

Impatiens, outrossim, conhecia bem o caminho de casa, tão bem que estava impaciente com os que eram menos rápidos do que ele. Water Violet percorrera anteriormente aquele caminho, e sabia a trilha certa; no entanto, era um pouco orgulhoso e arrogante, o que os outros não entendiam. Water Violet julgava-os um tanto inferiores.
Ao cabo, todos foram até o fim da floresta.

Agora eles atuam como guias para outros excursionistas que não fizeram a excursão antes e, devido ao fato de saberem que há um caminho que leva até o final, e devido ao fato de saberem que a escuridão da floresta não é outra coisa que as sombras da noite, eles andam como ‘cavalheiros indômitos’, e cada um dos dezesseis viajantes ensina a seu próprio modo a lição, dando o exemplo necessário.

Agrimony libertou-se de todas as preocupações e vive fazendo brincadeiras. Mimulus perdeu o medo. Rock Rose, nos momentos mais difíceis, é o retrato da calma e da serena coragem. Gorse, naquelas noites mais escuras, fala aos viajantes das etapas que serão vencidas quando o sol surgir pela manhã.

Oak resiste imperturbável durante o mais forte vendaval; Scleranthus caminha com inabalável convicção; os olhos de Clematis estão fixos na alegria da chegada e nenhuma dificuldade ou revés pode desencorajar Gentian.

Heather aprendeu que cada viajante precisa seguir seu próprio caminho e tranqüilamente segue em frente, para mostrar que isso pode ser feito. Chicory, sempre querendo ajudar, mas apenas quando lhe pedem, o faz muito calmamente. Cerato conhece muito bem os atalhos que levam a lugar nenhum e Centaury sempre busca aquele mais fraco, que acha muito pesada a sua carga.

Rock Water parou de acusar; passa o tempo todo encorajando. Vervain não faz mais sermões; apenas aponta o caminho silenciosamente. Impatiens parou de apressar e se coloca entre os últimos para manter seu passo. E Water Violet, mais parecido com um anjo do que com um homem, passa entre os companheiros como um sopro de vento ou um raio glorioso de sol, abençoando a todos.”

A História dos Viajantes. Edward Bach, 1934.

About The Author

Mário Fialho

É pesquisador, professor e terapeuta floral há mais de 20 anos. Formado em Psicologia e Direito, também graduando em Farmácia. É autor do mais famoso Curso de Florais de Bach do Brasil e desenvolvedor do Sistema de Florais Mário Fialho

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